quarta-feira, 2 de junho de 2010

A definição de Autismo


Na minha rotina diária, que inclui nos dias de descanso um acordar com um café junto ao mar para ler o habitual jornal, fui deparada com um texto sobre o autismo. Compreendendo que me deparava com uma abordagem breve, limitada ao espaço da pagina, lá fiz uma pausa no descanso para analisar no campo do meu estudo este texto.
Tratava-se de uma abordagem simplificada ao significado do autismo e as implicações que essa realidade causa nos pais, miúdos e sociedade.
À parte do óbvio, compreendi que aquele texto lá surgia para informar os pouco informados e que nada acrescia em apoio aos que se vêem diariamente a enfrentar os problemas do autismo.
Era pois um texto que tentando ajudar e esclarecer contribuía, no meu entender, para ampliar os problemas que pais e miúdos do circulo do autismo sentem e que lhes pesa por estarem expostos nestas páginas das revistas. Os pais e todos os que querem saber sobre o autismo devoram toda a informação disponível na Internet e em publicações cientificas, levando este conhecimento ao limite de um doutorado académico. Esta definição era pois a caracterização do lugar onde estas pessoas se reflectem e serve de manual de instruções para os restantes leitores que gozando de uma vida imaculada de qualquer problema poderem saber o quanto estão no lado fácil da vida. Esta definição apenas ensina a ter pena, quando quem sabe mesmo o que é o autismo luta todos os dias para ninguém ter pena.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A viagem sem volta... "Bem-vindos à Holanda"

"...Quando você vai ter um bebé, é como planear uma fabulosa viagem à Itália. Compra logo uma quantidade de livros de viagem e faz os seus planos maravilhosos. O Coliseu, o Miguel Ângelo, as gôndolas em Veneza. Pode até aprender algumas frases úteis em italiano. É tudo muito excitante.

Depois de meses de expectativa, chega finalmente o dia. Faz as malas e lá vai para o aeroporto. Horas mais tarde, o avião aterra. A hospedeira chega perto se si e anuncia "Benvindos à Holanda".

"Holanda?!?" pergunta você. "O que é isso da Holanda??" O meu voo era para Itália! Eu devia estar em Itália. Toda a minha vida sonhei ir a Itália".

Mas, houve uma mudança do plano de voo. O avião aterrou na Holanda e tem que ficar ali. O mais importante é que eles não a levaram para um lugar horrível, desagradável e sujo, cheio de pestilência, fome e doenças. É só um lugar diferente.

Assim, você precisa de sair e de comprar novos livros de viagem. E precisa de aprender uma linguagem completamente nova. E vai conhecer um novo grupo de pessoas que nunca teria encontrado.

É só um lugar diferente. Com um ritmo de vida mais lento que a Itália, menos buliçoso e aparatoso. Mas depois de lá permanecer mais algum tempo, logo que tenha passado a agitação, você olha em seu redor e começa a dar-se conta que a Holanda tem moinhos de vento... e a Holanda tem as tulipas. A Holanda até tem os Rembrandts.

Mas todas as pessoas que você conhece, vão e vêm de Itália... e todas se gabam das maravilhosas férias que lá passaram. E para o resto da vida, você dirá "Sim, era para ali que eu deveria ter ido. Isso era o que eu tinha planeado".

E essa dor nunca, nunca, nunca mais passará... porque a perda desse sonho é uma perda muito significativa.
Mas... se você passa a vida a lamentar-se com o facto de não ter ido a Itália, nunca terá o espírito livre para desfrutar as coisas muito especiais, as coisas maravilhosas da Holanda."
Emily Perl Kingsley
(traduzido por Nuno Lacerda)

terça-feira, 18 de maio de 2010

A Escola

"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O director é gente, o coordenador é gente,
o professor é gente, o aluno é gente, cada
funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida
em que cada um se comporte como colega,
amigo, irmão.
Nada de "ilha cercada de gente por todos
os lados".
Nada de conviver com as pessoas e depois
descobrir que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a
parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar,
não é só trabalhar, é também criar laços
de amizade, é criar ambiente de
canaradagem, ´´e conviver, é se "amarrar
nela"!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil estudar,
trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se,
ser feliz."

                                                     Paulo Freire

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"As maiores coisas do mundo e as mais belas não podem ser vistas e nem sequer tocadas. Devem ser sentidas com o coração."


Helen Keller

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Escola é de Todos e para Todos...




É na diferença que está toda a riqueza, daí a escola para Todos pretender ser um modelo de escola respectiva à diversidade, onde se procura que as minorias encontrem a resposta adequada às necessidades especiais, sem que haja prejuízo para os restantes alunos. Pelo contrário, investe na tentativa de beneficiar a generalidade de todos os alunos, tendo em conta que preconiza a mudança, a renovação, a implementação de novos e variados recursos.

Se a escola é realmente para todos, cabe-lhe o dever de garantir o direito a toda e qualquer diferença criando percursos escolares e de formação nos quais são respeitadas as diversidades e características dos grupos sociais, culturais e de diferentes níveis intelectuais de acordo e em decorrência do seu estatuto de cidadania, o que leva à concretização dos objectivos fundamentais de uma escola designada para todos e que contempla a grande diversidade que é o mundo da criança.

A Todos os Pais e Leitores

A todos os pais e leitores que por cá venham a passar, espero poder nos próximos tempos vir a partilhar os conhecimentos e experiências sobre Educação Especial.
Assim, começo por agradecer a todos a passagem por este Blog, prometendo vir a alimentá-lo ao longo dos próximos dias com mais informação variada sobre tudo o que orbita em torno da problemática de educar uma criança com Necessidades Educativas Especiais.
Tenho a vocação para esta área, contudo não convivo diariamente com este tema, pelo que espero com este espaço vir a cruzar-me com pais e experiências que possam aproximar todos os interessados, e a mim em especial, de um conhecimento mais alargado e sólido de forma a, em última instância, poder contribuir para uma vida melhor aos que mais necessitam!


Fica a promessa e visão deste meu blog.
Obrigada.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Boardmaker

O Boardmaker é um programa de computador que contém um banco de dados gráfico contendo os mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS em Português Brasileiro.



Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) formam um sistema de comunicação completo e foram originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional. São utilizados extensivamente em inúmeros tipos de actividades de aprendizagem. Os PCS foram criados no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson e compõe actualmente o conjunto de símbolos mais difundido em todo o mundo.


Características da simbologia PCS:
• Desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento;
• Adequados para usuários de qualquer idade;
• Estão divididos em seis categorias de palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea;
• Facilmente combináveis com outros sistemas de símbolos, figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados;
• Extremamente úteis numa grande variedade de atividades e lições.
• Disponíveis através dos softwares Boardmaker e Escrevendo com Símbolos.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dislexia

A identificação precoce das dificuldades de aprendizagem pressupõe um processo de individualização com carácter de inovação e personalização, assim sendo, temos que intervir/trabalhar com estratégias dirigidas, diferenciadas e focalizadas nas áreas fracas e emergentes, começando sempre pelas áreas fortes, reforçando e recompensando gradualmente os sucessos da criança. É aconselhável perspectivar a intervenção educativa valorizando e reforçando positivamente todas as tarefas relativas às subáreas nas quais a criança não apresenta dificuldades e gradualmente trabalhar as áreas de percepção, motricidade fina e leitura, consideradas emergentes e também as áreas fracas – Área da escrita e da aritmética.